Abuso sexual é uma atividade sexual não desejada, onde o agressor usa a força, faz ameaças ou exclui vantagens da vítima que se torna incapaz de negar consentimento. O abuso sexual dá-se quando alguém em uma posição de poder ou de autoridade se utiliza da confiança e do respeito de uma pessoa envolvida para atividades sexuais não consentidas, por exemplo: uma criança e um adulto , uma criança e uma criança mais velha, um paciente e um médico, um estudante e um professor etc.
Abuso de crianças é uma forma de abuso infantil em que um adulto ou adolescente mais velho usa uma criança para estimulação sexual.
Abuso sexual: o que é, como identificar e como lidar
O abuso sexual ocorre quando uma pessoa acaricia sexualmente a outra sem o seu consentimento ou a obriga a ter relações sexuais, utilizando meios emocionais e/ou agressões físicas. Além disso, é também considerado abuso quando o agressor expõe seu órgão sexual ou realiza masturbação em frente à vítima, sem que exista consentimento.
Outras características de um abuso sexual são quando a vítima:
- Não tem a capacidade de perceber o ato como uma agressão, por ser criança e não ter idade para compreender o que está acontecendo ou por possuir alguma deficiência física ou doença mental;
- Está alcoolizada ou sob o uso de drogas que fazem com que a vítima não se
- encontre em seu perfeito juízo e possa dizer para parar.
- Mudança no comportamento como ocorre quando a pessoa era muito extrovertida, e passa a ser muito tímida;
- Fugir do contato social e preferir ficar sozinho;
- Choro fácil, tristeza, solidão, angústia e ansiedade;
- Quando a vítima é uma criança ela pode até mesmo adoecer ou fugir do contato com os outros;
- Inchaço, vermelhidão, laceração ou fissuras nas partes íntimas;
- Rompimento do hímen, em meninas e mulheres que ainda não tinham tido contato sexual;
- Perda do controle da urina e das fezes devido a fatores emocionais ou frouxidão dos músculos desta região devido ao estupro;
- Coceira, dor ou corrimento anal ou vaginal;
- Marcas roxas pelo corpo e também nas partes íntimas;
- Sintomas de doenças sexualmente transmissíveis.
- Traumatismo ou lesão na região anterior do cérebro, uma área que controla os impulsos sexuais;
- Uso de drogas que danificam o cérebro e afloram os impulsos sexais e agressivos, além de impedir a capacidade de decisão moralmente corretas;
- Doenças mentais que fazem com que o agressor não veja o ato com um abuso, nem sinta culpa pelos atos cometidos;
- Já ter sido vítima de abusos sexuais ao longo da vida e ter uma vida sexual confusa, longe da normalidade.
Outras formas de abuso sexual são quando uma pessoa obriga a outra a acariciar seus genitais ou a presenciar conversas com conteúdo sexual, assistir atos sexuais ou espetáculos obscenos, filma ou tira fotos da vítima nua para mostrar aos outros.
As principais vítimas destes abusos são as mulheres mas homossexuais, adolescentes e crianças também são vítimas frequentes deste tipo de crime.
Sinais que ajudam a identificar o abuso sexual
A vítima que foi violada sexualmente pode não apresentar qualquer sinal físico, no entanto, a grande maioria apresenta os seguintes sinais e sintomas:
Além disso, as meninas ou mulheres podem engravidar, sendo que neste caso é possível recorrer ao aborto de forma legal, desde que seja feito um boletim de ocorrência comprovando o abuso sexual.
Para comprovação do abuso e o direito ao aborto, a vítima deve ir à polícia e dizer o que aconteceu. Por norma, uma mulher deverá observar cuidadosamente o corpo da vítima à procura de sinais de agressão, violação, e é necessário fazer um exame específico para identificar a presença de secreções ou espermatozoides do agressor no corpo da vítima.
É melhor que a vítima não tome banho e não lave a região íntima antes de ir à delegacia para que não se percam as secreções, pelos, cabelos ou vestígios de unhas que possam servir de prova para encontrar e incriminar o agressor.
Como lidar com o abuso sexual
Para lidar com as consequências danosas causadas pelo abuso sexual a vítima de estupro deve ser amparada pelas pessoas mais próximas em quem confia, como família, familiares ou amigos, para que se recupere emocionalmente e em até 48 horas deverá ir à delegacia de polícia registrar a queixa do que aconteceu. Seguir este passo é muito importante para que o agressor possa ser encontrado e julgado prevenindo que o abuso volte a acontecer com a mesma pessoa ou com outras.
Inicialmente a pessoa violada deve ser observada por um médico para realizar exames que possam identificar lesões, DSTs ou possível gravidez podendo ser necessário o uso de remédios para tratar estas situações e também calmantes e antidepressivos que possam manter a vítima calma para que possa se recuperar.
Além disso, o trauma emocional causado pelo abuso deve ser tratado com ajuda de um psicólogo ou psiquiatra porque o ato deixa muitas raízes de desconfiança, amargura e outras consequências que prejudicam a vida da pessoa em todos os sentidos.
Consequência físicas e emocionais da violação
A vítima sempre se sente culpada pela violação e é comum haverem sentimentos como 'Por que eu saí com ele?' ou 'Por que eu paquerei aquela pessoa ou deixei ela se aproximar?' No entanto, apesar da sociedade e da própria vítima sentir-se culpada, a culpa não é dela, mas sim do agressor.
Após o ato a vítima poderá ter marcas profundas sendo comum haverem pesadelos frequentes e repetitivos, baixa auto-estima, medos, fobias, desconfiança, dificuldade para se relacionar com outras pessoas, dificuldade para se alimentar havendo transtornos como anorexia ou bulimia, maior tendência ao uso de drogas para fugir da realidade e não passar pelo sofrimento, tentativas de suicídio, hiperatividade, agressividade, baixo rendimento escolar, masturbação compulsiva que pode até mesmo ferir os genitais, comportamento anti-social, hipocondria, depressão, dificuldade para expressar seus sentimentos e de se relacionar com os pais, irmãos, filhos e amigos.
Como lidar com o trauma causado pelo estupro
A vítima deve ser amparada pela família e amigos e não deverá frequentar a escola ou trabalho, estando afastada destas tarefas até que se recupere física e emocionalmente.
Na primeira fase da recuperação, com auxílio de um psicólogo a vítima deve ser estimulada a reconhecer seus sentimentos e as consequências da violação, que podem ser o convívio com AIDS ou uma gravidez indesejada, por exemplo.
Outras duas estratégias para lidar com as consequências de uma violação sexual são:
Remédios para acalmar e dormir melhor
O uso de calmantes e antidepressivos como Alprazolam e Fluoxetina, podem ser indicados pelo médico ou psiquiatra para serem usados durante alguns meses para que a pessoa fique calma e consiga dormir tendo um sono reparador. Estes remédios podem ser usados por longos períodos até que a pessoa se sinta melhor e mantenha as emoções controladas mesmo sem eles.
Técnicas para aumentar a auto-estima
O psicólogo poderá indicar o uso de determinadas técnicas como se ver e conversar com o espelho, dizendo elogios e palavras de afirmação e apoio para que isso ajude a vencer o trauma. Além disso, podem ser usados outras técnicas para aumentar a auto-estima e tratamentos psicoterapêuticos para que a vítima possa se recuperar totalmente, embora este seja um processo demorado que pode demorar décadas para ser alcançado.
O que leva ao abuso sexual
Pode ser difícil tentar entender o que acontece na mente do agressor, mas o abuso sexual pode ser causado por um surto psicológico e outros fatores como:
No entanto, é preciso ressaltar que nenhum destes fatores justificam tal agressão e todo agressor deve ser penalizado.
No Brasil o agressor pode ser preso, se for comprovado que ele é o autor do abuso, mas em outros países e culturas as penas variam desde apedrejamento, castração e morte. Atualmente, existem projetos de lei que tentam elevar a pena para os agressores, aumentando o tempo de prisão e também a implementação da castração química, que consiste no uso de medicamentos que diminuem drasticamente a testosterona, impedindo a ereção, o que impossibilita o ato sexual durante um período de até 15 anos.
Fonte:https://www.tuasaude.com/consequencias-do-abuso-sexual/
Abuso sexual
O abuso sexual
abrange vários tipos de agressões sexuais, como aliciamento e exploração
sexual, assédio sexual e estupro.
O termo abuso
sexual é utilizado de forma ampla para categorizar atos de
violação sexual em que não há consentimento da outra parte. Fazem parte desse
tipo de violência qualquer prática com teor sexual que seja forçada, como a
tentativa de estupro, carícias indesejadas e sexo oral forçado.
No Brasil, a Lei 12.015/2009 integra o
Código Penal e protege as vítimas nos casos dos chamados “crimes contra a
dignidade sexual”. Apesar da existência da legislação e dos órgãos protetores,
parte das vítimas de abusos sexuais apresenta resistência em denunciar os
agressores. Entre os motivos da omissão da violência, estão medo (de ser
julgada pela sociedade; de sofrer represália quando o agressor é uma figura de
poder ou considerada pessoa de confiança), vergonha, burocracia das
investigações e sensação de impunidade no julgamento dos culpados.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a maior
parte das vítimas de estupro é constituída de crianças
e adolescentes, em torno de 70% dos casos denunciados. Os
agressores mais recorrentes são membros da própria família ou pessoas do
convívio da vítima.
O que é o estupro?
O estupro é o tipo mais grave de abuso sexual. Segundo a
legislação brasileira, o estupro vai além da penetração (conjunção carnal), de
forma constrangedora e sem consentimento. Sexo oral, masturbação, toques
íntimos e introdução forçada de objetos, por exemplo, também se enquadram nessa
categoria de violência sexual.
O estupro é caracterizado pelo uso de violência
física ou psicológica, no qual o agressor ameaça a vítima para
satisfazer o seu prazer.
Estupro x
estupro de vulnerável
A legislação brasileira divide o crime de estupro entre menores
e maiores de 14 anos:
Estupro de
vulnerável - quando a vítima tem menos de 14 anos. Mesmo que haja
consentimento no ato sexual ou demais atividades (como carícias), a lei julga o
caso como estupro de vulnerável. O mesmo julgamento vale para pessoas com
incapacidade de se defender, como é o caso de vítimas com deficiência mental ou
física ou alguém que esteja sob efeito de droga.
A pena para o estupro de vulnerável vai de oito a 15 anos de
prisão. Há agravamento na pena se houver lesão corporal grave (10 a 20 anos de
reclusão) ou se resultar em morte da vítima (12 a 30 anos).
Estupro -
quando a vítima tem mais de 14 anos. Como citado anteriormente, são os casos em
que há constrangimento da vítima e uso de força física ou violência psicológica
para conseguir qualquer vantagem sexual.
A lei prevê pena de seis a 10 anos de prisão para quem pratica o
estupro. Quando a vítima é menor de 18 anos, a punição pode ser de oito a 12
anos de reclusão. Se houver morte, a pena aplicada é de 12 a 30 anos no regime
fechado.
Estupro
marital
Pouco discutido quando comparado aos outros tipos de estupro, o
estupro marital é mais comum do que se imagina. Esse tipo de abuso sexual
trata-se de quando o marido ou cônjuge obriga a esposa a fazer sexo com ele,
usando de violência física e psicológica para conseguir o que quer.
Como a atividade sexual é presente nos relacionamentos, muitas
culturas não enxergam o estupro marital como violência conjugal ou sexual, já
que acreditam que é obrigação da mulher manter relações sexuais com o marido.
Dos 193 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 52
consideram o sexo forçado no casamento como crime.
Aliciamento e exploração sexual
O aliciamento é quando uma pessoa
utiliza sua posição social para praticar abusos, ganhando a confiança até da
própria vítima. Quando o aliciamento tem como objetivo o ganho financeiro do
agressor, mesmo que ele não se relacione sexualmente com a vítima, há o crime
de exploração sexual.
Facilitar a prostituição, exigir
favores sexuais das vítimas para sua própria sobrevivência ou, como ainda
ocorre em várias regiões do país, abusar sexualmente de crianças e adolescentes
em troca de benefícios financeiros para a família da pessoa agredida (mesmo com
o consentimento dos pais) são práticas de exploração sexual.
O aliciamento e a exploração sexual
geralmente formam um círculo vicioso na vida da vítima, já que o agressor
começa a colocar condições para o término dos abusos, dificultando as denúncias
e o abandono das práticas sexuais.
Assédio sexual x abuso sexual
O assédio sexual é
um dos tipos de abuso sexual. Nesse caso, não precisa haver contato físico para
que haja a agressão. Palavras constrangedoras, tentativa de toques e avanços
sem permissão da outra pessoa, constrangimento com brincadeiras de teor sexual,
observações sobre partes do corpo da vítima, pressão psicológica em troca de
favores fazem parte das atitudes de quem assedia uma pessoa.
Vale lembrar que o constrangimento é
algo presente nos abusos de todos os tipos. Muitos chefes intimidam suas
funcionárias com aproximações forçadas, convites para encontros sexuais ou
oferta de benefícios em troca de sexo (ou sexo oral e masturbação).
O assédio sexual é recorrente em
casos nos quais o agressor tem um cargo superior às vítimas. A cultura machista
da sociedade perpetua a figura da “troca de favores” como algo normal,
dificultando as denúncias das pessoas assediadas.
Importunação sexual
A nomenclatura do crime de importunação
sexual é recente no Brasil. A prática consiste em qualquer ato que
cause prazer sexual ao agressor e resulte no constrangimento da vítima, como os
casos de homens que ejaculam em mulheres no transporte público.
Antes de ser chamado de importunação
sexual, o crime era configurado como contravenção penal e resultava apenas em
multa para o agressor. Com a nova tipificação, a pena pode ir de um ano a cinco
anos de prisão.
Importância de denunciar
Somente uma parcela dos casos de
abuso sexual, incluindo os assédios, chega ao conhecimento dos órgãos
responsáveis por investigar os crimes sexuais. A conscientização sobre a
necessidade de denunciar esses casos é fundamental para que mais agressores
sejam punidos.
É importante lembrar que a culpa não
é da vítima, independentemente do cenário em que ocorra a agressão sexual.
Culpar a pessoa que foi assediada em seu trabalho ou estuprada por alguém só
aumenta o sofrimento e não ajuda na diminuição dos crimes contra a dignidade.
O Disque 100 é um
canal para denúncias de diferentes violações dos Direitos Humanos, entre elas
os casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Os dados
recolhidos são encaminhados aos órgãos competentes e investigados. A ligação é
gratuita, e a denúncia pode ser feita anonimamente.
Publicado por Lorraine Vilela Campos
Fonte:https://mundoeducacao.uol.com.br/sexualidade/abuso-sexual.htm
ABUSO SEXUAL: CRIANÇAS E ADOLESCENTES
PSICOLOGIA
Análise sobre o abuso sexual a
crianças e adolescentes
Resumo
O termo abuso sexual é usado de modo
geral para justificar qualquer abuso que de fato viole sexualmente outrem sem
seu consentimento, fazem parte desse tipo de violência também à tentativa de
estupro, carícias indesejadas e sexo oral, todos de forma forçado. No
Brasil a lei 12.015/2009 do código penal protege as vítimas os casos dos
chamados “crimes contra a dignidade sexual”. Apesar da existência da legislação
e dos órgãos protetores, grandes partes das vítimas de abusos sexuais
apresentam resistência em denunciar os agressores. De fato o medo em denunciar
o agressor é um dos grandes causadores dessa resistência (medo do julgamento
perante a sociedade, medo por que muita das vezes o agressor é alguém de
confiança da família) como também a vergonha e a burocracia da investigação.
Palavras-chave: Abuso, violência, crimes, sexual, estupro.
INTRODUÇÃO
Ao se referir à violência sexual
encontramos duas vertentes que se encaixam dentro do assunto sendo elas:
exploração sexual e abuso sexual. A exploração sexual tem ligação com o
comércio de corpos e sexos, o acesso à exploração se da por meio de
pornografia, prostituição, turismo sexual e tráfico. Enquanto, que, abuso
sexual ocorre quando um adulto tem interesse sexual por crianças ou
adolescentes tanto com pessoas de vínculo familiar quanto em pessoas que não
são do vínculo familiar (FLORENTINO, 2015).
Sendo assim, é considerada constitutiva
essa atitude de agressão do ser humano e os controles desses impulsos
destrutivos se dão pelo processo de socialização. Com tudo, o uso da
agressividade é decorrente da violência, tendo os fins destrutíveis que podem
ser considerados voluntário-involuntários, racional/irracional,
consciente/inconsciente. Os vínculos que foram criados com outras pessoas se
tornam internalizados e ficam de lado os que são externos (CAPITÃO e ROMARO,
2008).
De acordo com Florentino (2015) dentre
esses assuntos cabe considerar que o abuso sexual faz o levantamento sobre
violência domestica, violência sexual, e principalmente a violência contra
crianças, adolescente e adultos. Diante desses levantamentos é possivel
destacar que o sexo da vítima não importa, o agressor possui desejos e pode ser
que esses sejam saciados dentro da própria família por longos tempos e por
cobertura de alguns parentescos.
O objetivo deste trabalho é aprofundar
o conhecimento por meio de pesquisas bibliográficas. Acerca do assunto
escolhido – abuso sexual – onde são acometidas crianças, adolescentes, e muitas
vezes mulheres adultas também, que não estão de acordo com o ato sexual e são
violentadas, devidas as agressões e não respeitarem suas decisões.
DESENVOLVIMENTO
O
que é o Abuso sexual
O respeito ao próximo inclui também o
respeito pelas decisões que o mesmo toma, sendo assim, a relação sexual tem se
tornado algo cada vez mais propagado e difundido na sociedade, atualmente sua
representação tem sido de formas distorcidas do que se pensava relacionável.
Ocorrendo desenfreadamente a busca de novas situações não importando se vai
além dos limites permitido para que não ultrapasse os direitos de outro ser
humano (PFEIFFER e SALVAGNI, 2005).
Define-se abuso ou violência sexual na infância e
adolescência como a situação em que a criança, ou o adolescente, é usado para
satisfação sexual de um adulto ou adolescente mais velho, (responsável por ela
ou que possua algum vínculo familiar ou de relacionamento, atual ou anterior),
incluindo desde a prática de carícias, manipulação de genitália, mama ou ânus,
exploração sexual, voyeurismo, pornografia, exibicionismo, até o ato sexual,
com ou sem penetração, sendo a violência sempre presumida em menores de 14 anos
(Pfeiffer e Salvagni, 2005, apud adaptado de ABRAPIA, 1997, p. 198).
Entretanto, mesmo tendo evolução nos
processos morais e legais de defesa da criança e adolescente, os casos de abusos
sexuais ainda existem e não deixa de acontecer, e muito menos, deixa de ser
visto de forma onde é um crime que deixa sequelas, danos, traumas e até mesmo
transtornos e patologias que são consideradas irreparáveis para as vítimas
(PFEIFFER E SALVAGNI, 2005).
O abuso acontece quando um adulto ou
adolescente mais velho usa de crianças e adolescentes para satisfação de seus
prazeres sexuais. É considerado praticas de abuso sexual carícias, manipulação
das genitálias, ânus e mama, ato sexual com ou sem penetração, entre outros. As
violências são na maior parte presumidas em menores de quatorze anos (PFEIFFER
E SALVAGNI, 2005).
Dessa forma, é importante ressaltar que
os casos de abuso sexual têm ligações diretas com a imagem de “poder” que o
agressor passa para as vítimas, por se tratar de ter algum grau de parentesco,
sendo da família ou bem próximo da família. Por ser assim, se torna um alvo
difícil de suspeitar e resulta na complicação da necessidade de confirmação dos
abusos sexuais infantis (PFEIFFER E SALVAGNI, 2005).
Ainda assim, a violência sexual, ou
seja, o abuso sexual é considerado um problema alarmante da saúde pública. De
acordo com Pfeiffer e Salvagni (2005), p. 198 “O abuso sexual infantil é
considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudos realizados em
diferentes partes do mundo sugerem que 7-36% das meninas e 3-29% dos meninos
sofreram abuso sexual.”. O que caracteriza que esse problema de saúde publica
reconhecido pela própria OMS acomete crianças de ambos os sexos, sejam eles, feminino
ou masculino.
Abuso
de poder intrafamiliar e o processo de denuncia
De acordo com Platt et al., 2018, os
casos de abusos sexuais mais prevalentes tem sido com meninas numa faixa etária
entre 5 a 10 anos, considerando a importância em não descartar que acomete os
meninos também. Porém, em uma proporção bem reduzida ou pouco discutida.
Portanto, esses casos são mais de natureza intrafamiliar, durante o período de
1999 a 2003 um estudo alcançou um levantamento de dados que considerava que os
pais dentro de suas próprias casas são os autores dessas violências.
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Segundo Vicentin e Valle, 2009, apud
Dessen e Silva, 2005, as crianças que sofrem violências sexuais e as
consequências desses atos agressores passam que depender de uma figura que
transmita proteção e cuidado, e na ausência dessa figura protetora ou
“defensora” as crianças que são vítimas passam a ser expostas a viver dentro de
uma negligência e vulnerabilidade da família, tendo que enfrentar essa
exposição durante todo o período de infância.
Considera que quando o autor da
violência sexual é o pai biológico, ele trai a confiança da criança e
aproveita-se de sua vulnerabilidade ou imaturidade, garantindo o silêncio da
vítima seja com promessas, chantagens ou ameaças, frequentemente se
beneficiando da conivência, seja pela não percepção da mãe e dos outros membros
da família. A autora complementa que a vítima vive uma situação traumática e
conflituosa, permeada por diferentes sentimentos, como medo, raiva, prazer,
culpa e desamparo. Pode haver raiva dirigida à mãe, por não protegê-la, o que
retroalimenta o medo de revelar a violência em função do receio de que não
acreditem nela (vítima) ou a considerem culpada (Vicentin e Valle, 2009, apud
Araújo 2002, p. 180).
As vítimas ainda são expostas a traumas
psicológicos que são desencadeados devidos ao abuso sexual, entre eles são
classificados a depressão, ansiedade, fobias, uso de drogas, transtornos de
estresses pós-traumático e/ou tentativas de suicídio. Com tudo, essas consequências
psicológicas são variáveis considerando que cada criança e adolescente
corresponde de maneira diferente (VICENTIN E VALLE, 2009).
No processo de denuncia é importante
que ocorra o acolhimento de profissionais qualificados e uma abordagem responsável
com as vítimas. Por se algo que viole seus corpos, seu psicológico e sua
intimidade, essas vitimas se sentem desprotegidas tanto diante da família como
da sociedade, o que gera uma informação muitas vezes distorcida da real
situação. Por isso, os profissionais dessa área são bem preparados para que
ocorra a melhor busca de informações e que não haja interferências ou ate mesmo
ruídos que prejudiquem (JACINTO, 2009).
METODOLOGIA
A metodologia é todo o processo de
criação de um projeto, trabalho, pesquisa, estudo e afins. Utilizou-se de
fontes e sites como: Scielo, Google Acadêmico, livros, noticias com
levantamentos de dados, livros fornecidos pela biblioteca física e virtual da
faculdade Multivix de Cachoeiro, auxilio de computadores, celulares, impressoras,
Xerox, caderno, lápis, folhas de resumos, energia eletrica e materiais que são
parte da criação.
Considerando que todo o material usado
para confeccionar esse artigo são documentos que foram públicados, bem como,
revistas, artigos cientificos, livros e resumos, nada que foi dito nesse
trabalho foi inventado ou criado. Buscou-se fonte para embasamento e coerência
e coesão do mesmo.
CONCLUSÃO
Com base nas pesquisas realizadas foram
encontrados levantamentos de estudos feitos em diversas cidades, estados e
países. Sendo assim, concluímos que os casos de abuso sexual e violência sexual
é um problema de saúde pública em vários lugares do mundo, e a organização
mundial de saúde (OMS) elenca um banco de dados frequentemente, bem como, busca
orientar nas capacitações de profissionais que trabalharam diretamente com
esses casos.
Segundo dados do ministério da saúde, a
maior parte das vítimas de estupro é constituída por crianças e adolescentes,
em torno de 70% dos casos denunciados. Os agressores mais comuns são membros da
própria família ou pessoas do convívio da vítima.
Durante todo o levantamento de dados, é
considerável que todos os dias acontecem violência sexual, uma vez que, os
conteúdos de pedofilia e pornografia infantil estão disponíveis em sites e
lugares acessíveis a grande maioria da sociedade. As crianças e adolescente que
são expostos a esses tipos de violências carecem de atenção, cuidado e
proteção.
Portanto, é preciso estar atento aos
sinais e sintomas demostrados pelas crianças e adolescente, se há necessidade
de uma conversa, da imposição de confiança e buscar conhecer o comportamento
que não condiz com o humor satisfeito da criança. Por ser um tema amplo e que
aponta agressões e violência que invade a individualidade do outro é importante
ouvir e entender a criança/adolescente, compreendendo que seu discurso pode vir
a ser importante para causar o fim da agressão em caso de intrafamiliar ou
extrafamiliar, violência e/ou abuso sexual.
REFERÊNCIAS
CAPITÃO, Cláudio Garcia. ROMARO, Rita
Aparecida. Caracterização do abuso sexual em crianças e adolescentes.
Psicol. Am. Lat. n.13 México jul. 2008. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2008000200014
Acesso: 27 de out. de 2019
FLORENTINO, Bruno Ricardo Bérgamo. As possíveis consequências do abuso sexual praticado contra
crianças e adolescentes. Fractal: Revista de Psicologia, v. 27, n.
2, p. 139-144, maio-ago. 2015. Disponível em: pdf
http://www.scielo.br/pdf/fractal/v27n2/1984-0292-fractal-27-2-0139.pdf Acesso
em: 27 de out. 2019
JACINTO, Mônica. O valor da palavra da vítima nos crimes de abuso sexual contra
crianças. Psicóloga e servidora do Tribunal de Justiça de Santa
Catarina. Disponível em: http://www.crianca.mppr.mp.br/pagina-1447.html Acesso
em: 28 de out. 2019
PFEIFFER, Luci. SALVAGNI, Edila
Pizzato. Visão atual do abuso sexual na infância e adolescência –
Jornal de Pediatria. 0021-7557/05/81-05-Supl/S197. 2005. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/jped/v81n5s0/v81n5Sa10.pdf Acesso em: 28 de out. 2019
PLATT, Vanessa Borges. BACK, Isabela de
Carlos. HAUSCHILD,
Daniela Barbieri. GUEDERT, Jucélia Maria. Violência sexual contra crianças: autores, vítimas
e consequências. Artigo • Ciênc. saúde colet. 23 (4)
Abr 2018. Disponível em:
https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n4/1019-1031/ Acesso em: 28 de
out. 2019
VICENTIN, Silvia Cavalcante. VALLE, Tânia Gracy Martins do. Relações familiares permeadas por violência sexual do pai contra a filha. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. 222 p. ISBN 978-85-98605-99-9. Disponível em: http://books.scielo.org/id/krj5p/pdf/valle-9788598605999-10.pdf Acesso em: 30 de out. 2019
Publicado por: LILIANA RODRIGUES MONTEIRO
Fonte:https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/psicologia/abuso-sexual-criancas-adolescentes.htm
Abuso sexual pode acontecer com ou sem contato
físico. Saiba mais
Abuso sexual é toda forma de relação ou
jogo sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, com o objetivo de
satisfação desse adulto e/ou de outros adultos. Pode acontecer por meio de
ameaça física ou verbal, ou por manipulação/sedução. Na maioria dos casos, o
abusador é uma pessoa conhecida da criança ou adolescente – geralmente
familiares, vizinhos ou amigos da família.
Ao contrário do que
muitas pessoas pensam, o abuso sexual não acontece, necessariamente, com
contato físico. Existem diferentes tipos de abuso sexual que acontecem
sem contato físico e é importante que todas as pessoas no entorno da
criança estejam atentas para os sinais apresentados por quem sofre
uma ou mais violações.
Abuso sexual de crianças e
adolescentes com contato físico
São os atos físicos
que incluem toques nos órgãos genitais, tentativas de relações sexuais,
masturbação, sexo oral e/ou penetração. Eles podem ser legalmente tipificados
em: atentado violento ao pudor, corrupção de menores, sedução e estupro. Também
é importante destacar que, contato físicos “forçados”, como beijos e toques em
outras partes do corpo, podem ser considerados abuso sexual.
Tipos de abuso sexual de
crianças e adolescentes sem contato físico
Ainda que não envolva
qualquer contato físico, o abuso sexual de crianças e adolescentes ainda é uma
grave violação de direitos humanos, que deve ser denunciada às autoridades e
pode trazer grandes traumas emocionais e psicológicos para as vítimas; Entenda
cada um dos tipos de abuso sexual de crianças e adolescentes que não envolvem
‘toques’:
Assédio sexual
O
assédio sexual, que pode ser expresso em forma verbal, não verbal ou física, é
todo o comportamento indesejado de caráter sexual. Baseia-se, na maioria das vezes, na posição de
poder do agente sobre a vítima, que é chantageada e ameaçada pelo agressor.
Abuso sexual verbal
O abuso sexual verbal
pode ser definido por conversas abertas sobre atividades sexuais – falas erotizadas - destinadas a despertar o interesse da criança ou
do adolescente ou a chocá-los. Um exemplo
do abuso sexual verbal são os telefonemas obscenos..
Exibicionismo e Voyeurismo
O
exibicionismo é o ato de mostrar os órgãos genitais ou se masturbar em frente a
crianças ou adolescentes ou dentro do campo de visão deles. Já o voyeurismo pode ser explicado como o ato
de observar fixamente atos sexuais ou órgãos genitais de outras pessoas quando
elas não desejam ser vistas, obtendo satisfação
sexual com essa prática. Nas relações sexuais entre adultos, tanto o
exibicionismo quanto o voyeurismo podem ser práticas sexuais consentidas.
Exibição de material
pornográfico
Geralmente, a
pornografia é classificada como uma forma de exploração sexual de crianças e
adolescentes, já que o objetivo dessa violência é a obtenção de lucro
financeiro para o agressor ou de abuso sexual com contato físico. No entanto, quando o agressor exibe materiais
pornográficos a meninas e meninos
e os obriga a assistir, é uma forma de abuso sexual sem contato físico.
Consequências do abuso
sexual para crianças e adolescentes
Antes de tudo, é
importante ressaltar que a violência sexual não produz o mesmo resultado sobre
todas as crianças e adolescentes submetidos a ela. Além de cada criança ou
adolescente reagirem de forma diferente a situações de abuso sexual, há
também muitos fatores externos que moldarão o impacto que essa
violência terá na vida da vítima no futuro. Alguns deles são: a duração
do abuso; o grau de violência; o grau de proximidade
entre o agressor e a criança, o grau de sigilo sobre o fato
ocorrido e a existência e eficiência do atendimento da rede de
proteção à criança e do adolescente.
Sinais de abuso sexual a
curto prazo
Além de marcas
físicas como lesões, hematomas e doenças sexualmente transmissíveis, é
importante notar alguns sinais de que uma criança ou
adolescente pode estar sendo vítima de abuso sexual: mudanças
bruscas de comportamentosem explicação aparente; mudanças súbitas de humor;
sonolência excessiva; perda ou excesso de apetite; baixa autoestima e
isolamento social; evasão escolar; medo de escuro ou de ficar sozinho,
entre muitos outros sinais de alerta.
Também
é essencial destacar que a existência de um ou mais sinais nem sempre indica
que uma criança ou adolescente sofreu abuso sexual.
Consequências a longo
prazo do abuso sexual na infância e adolescência
•
Sequelas dos problemas físicos gerados pela violência sexual. Lesões, hematomas e doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs) podem interferir na capacidade reprodutiva, podendo
levar, em casos mais graves a uma maior morbidade materna e fetal.
•
Dificuldade de ligação afetiva e amorosa,
devido a um profundo sentimento de desconfiança pelo ser humano em geral, por
temor de reviver a experiência traumática ou por dissociação entre sexo e
afeto, gerando sentimentos de baixa autoestima, culpa e depressão prolongada
por medo da intimidade.
•
Dificuldades em manter uma vida sexual saudável. Aqui, as vítimas podem ter
reações divergentes: podem evitar qualquer tipo de
relacionamento sexual por traumas que bloqueiam o desejo; vivenciar baixa
qualidade nas relações sexuais; desenvolver incapacidade de distinguir sexo do
afeto; ter compulsivo interesse sexual para provar que são amadas e para se
sentirem adequadas, entre outros comportamentos disfuncionais.
• Dependência
em substâncias lícitas e ilícitas. Importante ressaltar que não se
deve fazer qualquer associação mecânica entre abuso sexual e uso de drogas. No
entanto, há relatos de pessoas que confessaram ter usado drogas inicialmente
para cuidar de sentimentos, esquecer a dor, a baixa autoestima e, mais tarde, o
uso se tornou um vício.
É
extremamente importante saber ouvir e
acolher a criança ou adolescente que passou por alguma situação do abuso
sexual. Evitar reações extremas e perguntas inquisitórias;
denunciar a suspeita às autoridades e buscar um atendimento médico e
psicossocial humanizado para as vítimas. Em caso de qualquer
suspeita de abuso sexual de crianças e adolescentes, denuncie!
Fonte:https://www.childhood.org.br/tipos-de-abuso-sexual-de-criancas-e-adolescentes
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